Em busca da saúde financeira
Publicado em 05/05/2021 - 00:16 Por Fernando Agra
Caro leitor (internauta), você já percebeu a relação que existe entre a sua saúde (física e emocional) e a sua relação com o dinheiro? Será que uma afeta a outra?
Acredito que as respostas às indagações supracitadas afirmam que há uma relação direta entre saúde e finanças. E aí levanto mais uma questão: qual a relação de causa e efeito? Será que bons hábitos com relação às finanças pessoais contribuem para a saúde das pessoas ou vice-versa?
Imagine um indivíduo que nunca foi muito bem organizado no trato como seu dinheiro. Por querer levar um padrão de vida além de suas possibilidades, sempre teve comportamentos consumistas e nunca deu atenção para separar parte do que ganha para poupar. Pelo contrário, em alguns meses, chegou a gastar mais do que ganha e precisou entrar no cheque especial (que chega a cobrar 8% de juros ao mês, o que equivale a 151,82% ao ano, em regime de juros compostos) para pagar todas as contas do mês. E houve mês, que, além de ter se endividado, sequer conseguiu custear todas as despesas. Situações como essa são como uma “bola de neve” que, se não forem corrigidas em tempo, podem deixar esse indivíduo superendividado.
E como pode acontecer na vida de todos nós, imprevistos visitaram o indivíduo supracitado: ele teve a sua renda reduzida por conta do agravamento da pandemia, as suas despesas com alimentação e combustíveis aumentaram em função do aumento de preços nesses segmentos e para piorar, ele bateu com o seu automóvel e verificou que não tinha renovado o seguro. Com isso, as dívidas aumentaram, os agiotas particulares e as instituições financeiras o começaram a cobrar de modo mais veemente e teve dias que ele não tinha R$ 10,00 para comprar o gás e a comida para os seus familiares. Você conhece alguém nessa situação?
E aí eu pergunto: é possível ter saúde física e emocional numa situação assim? Como que esse indivíduo consegue trabalhar em paz e ter boas noites de sono? Impossível ter sossego e conseguir se concentrar no trabalho e muito menos conseguir relaxar quando coloca a cabeça no travesseiro à noite para dormir. Toda essa situação ampliará os níveis de estresse, diminuirá a imunidade e com certeza, abrirá espaço a uma ou várias doenças que visitarão esse indivíduo em breve e assim, ele ainda vai precisar gastar com tratamentos médicos e psicológicos. E se ele trabalha em algum setor com elevada insalubridade, toda a sua preocupação com as finanças, ainda pode diminuir a atenção e ampliar a possibilidade de um acidente.
Se você não quer entrar numa situação dessa, é bom cuidar da “saúde do seu bolso” e gozar de todos os benefícios que uma boa administração das finanças pessoais propicia que éa de atender necessidades e desejos, além de permitir acumular e usufruir de patrimônio financeiro ao longo da vida. E vou além, cuide também da sua saúde física (com boa alimentação, atividades físicas regulares e boas noites de sono) e emocional (tendo momentos de lazer, cultivando bons comportamentos e pensamentos etc.). Esses bons hábitos, desenvolvidos desde cedo farão com que você tenha mais saúde e por consequência vai gastar menos com remédios e outras despesas afins.
E aí, caro leitor (internauta), cuide com carinho do seu dinheiro. Ao fazer isso, você terá uma vida mais tranquila e, por conseguinte, mais saudável. Zele também pelo seu corpo e pela sua mente, pois uma pessoa saudável vai poder gastar mais com lazer do que com hospital. Enfim, desejo-te saúde financeira, em sentido pleno!
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