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Arquitetura para pets
Publicado em 25/07/2021 - 14:25 Por Eduardo ZarzaAo longo do tempo, mudamos a nossa relação com o entorno. Isso incluiu como nos relacionamos com os animais, em especial com os de estimação, que deixaram de ser “apenas animais” e se tornaram família. Dados do IBGE colocam o Brasil com a segunda maior população de cães e gatos do mundo, são 54,2 milhões e 23,9 milhões, respectivamente.
A criação de animais de estimação ou de companhia é um hábito geral entre nós humanos. Essa relação animal-humano surgiu nos primórdios da humanidade, com a domesticação dos animais, e é mantida até hoje, graças a sentimentos peculiares. Os animais são fonte de apego, afeto e desempenham inúmeros papéis no âmbito individual, familiar e social.
Hoje, uma grande parcela de arquitetos coloca à frente o objetivo de pensar nas necessidades dos pets, antes de elaborar o projeto de uma casa. E para isso, é preciso lembrar de algumas premissas:
- a escolha do piso certo: praticidade é o mais importante na hora de eleger o revestimento, pensando na resistência e manutenção;
- o tipo de tinta nas paredes: o ideal é que sejam laváveis e de cores mais escuras (isso vai ajudar você passar menos raivas, juro!);
- definir locais corretos para alimentação e necessidades fisiológicas dos pets, além de facilitar o acesso e a prática de exercícios físicos, proteção e segurança.
No design também encontramos muitas opções de mobiliário inclusivo para pets. Esqueça aquelas casinhas e caminhas sem graça, porque designers do mundo inteiro têm desenvolvido peças exclusivas para atender às necessidades de conforto e segurança dos nossos bichinhos.
Só para ter uma ideia de como esse nicho é explorado por grandes nomes, em 2019 o Brasil sediou a mostra “Architecture for Dogs”, na Japan House em São Paulo. E lá tinham obras criadas por renomados arquitetos e designer japoneses como Sou Fujimoto, Shigeru Ban, Toyo Ito e Kengo Kuma.
Hoje também existe uma forte tendência no mundo para incorporar os animais na rotina das pessoas fora de casa, prova são os inúmeros comércios petfriendly. Locais que possibilitam ao dono e ao pet uma experiência satisfatória na apropriação do espaço, seja público ou privado. O urbanismo começa também a pensar espaços dedicados para a integração dos pets com a presença de bebedouros, parques exclusivos e até áreas de lazer.
Lembre-se sempre, um mundo inclusivo valoriza uma arquitetura que é feita para mim, para você e para o pet... A arquitetura é para todos!
¡Hasta luego!
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